Facine-logo

Cinema, Meio Ambiente
e Chapada Diamantina

A realização do 1º Facine – Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina é uma iniciativa pioneira que oferece a exibição de 21 filmes de todo o Brasil que buscam difundir informações e conhecimentos que mobilizam e sensibilizam nosso olhar em torno das questões socioambientais locais e nacionais. No momento atual em que vivemos, quando estas pautas estão presentes nos meios de comunicação, nas redes sociais e no cotidiano da sociedade, é de suma importância forjar uma atenção para elas, empoderando as pessoas sobre o meio ambiente onde vivem.

O contexto da Chapada Diamantina é propício para a realização do Facine. Este Território de Identidade, composto por 24 municípios, é um dos principais destinos turísticos da Bahia e do Brasil, principalmente por suas belezas naturais, concentradas no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Apesar de ser uma área de proteção ambiental, muitos interesses econômicos particulares afetam a região, como a mineração, o agronegócio e a especulação fundiária, que privatizam os lucros e socializam os prejuízos. Diante deste cenário, o Facine reuniu 5 cineclubes que atuam em localidades no entorno do Parque para construir uma programação que contribui para conscientizar a população acerca dos riscos de uma exploração econômica feita por e para poucos e que já não contempla um modelo de desenvolvimento inclusivo e democrático.

É importante ressaltar que a linguagem audiovisual tem se tornado um instrumento de educação e formação, principalmente para o público jovem, já acostumado a consumir imagens através da internet e da televisão. No entanto, este consumo nem sempre é mediado para a produção de conhecimento, sendo feito muitas vezes de forma aleatória e descartável. Por outro lado, existe uma produção audiovisual brasileira engajada nos assuntos socioambientais mais urgentes, tratando-os com profundidade, responsabilidade e ludicidade, gerando e difundindo conteúdos importantes para a formação cidadã. O Facine reúne estas obras e as apresenta de maneira a despertar a consciência socioambiental do público, colaborando com a construção de uma sociedade pautada pelo respeito ao meio ambiente e, por consequência, ao ser humano.

Este projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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Cinema,
Meio Ambiente e
Chapada Diamantina

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A realização do 1º Facine – Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina é uma iniciativa pioneira que oferece a exibição de 21 filmes de todo o Brasil que buscam difundir informações e conhecimentos que mobilizam e sensibilizam nosso olhar em torno das questões socioambientais locais e nacionais. No momento atual em que vivemos, quando estas pautas estão presentes nos meios de comunicação, nas redes sociais e no cotidiano da sociedade, é de suma importância forjar uma atenção para elas, empoderando as pessoas sobre o meio ambiente onde vivem.

O contexto da Chapada Diamantina é propício para a realização do Facine. Este Território de Identidade, composto por 24 municípios, é um dos principais destinos turísticos da Bahia e do Brasil, principalmente por suas belezas naturais, concentradas no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Apesar de ser uma área de proteção ambiental, muitos interesses econômicos particulares afetam a região, como a mineração, o agronegócio e a especulação fundiária, que privatizam os lucros e socializam os prejuízos. Diante deste cenário, o Facine reuniu 5 cineclubes que atuam em localidades no entorno do Parque para construir uma programação que contribui para conscientizar a população acerca dos riscos de uma exploração econômica feita por e para poucos e que já não contempla um modelo de desenvolvimento inclusivo e democrático.

É importante ressaltar que a linguagem audiovisual tem se tornado um instrumento de educação e formação, principalmente para o público jovem, já acostumado a consumir imagens através da internet e da televisão. No entanto, este consumo nem sempre é mediado para a produção de conhecimento, sendo feito muitas vezes de forma aleatória e descartável. Por outro lado, existe uma produção audiovisual brasileira engajada nos assuntos socioambientais mais urgentes, tratando-os com profundidade, responsabilidade e ludicidade, gerando e difundindo conteúdos importantes para a formação cidadã. O Facine reúne estas obras e as apresenta de maneira a despertar a consciência socioambiental do público, colaborando com a construção de uma sociedade pautada pelo respeito ao meio ambiente e, por consequência, ao ser humano.

Afeto e Pertencimento

A Mostra Palmeiras gira em torno de como a humanidade compreende ou deixa de compreender a si mesma como parte da natureza, tocando dessa forma numa ideia que é usada tanto por ambientalistas, povos originários e românticos da “natureza” quanto por desenvolvimentistas que veem nessa afirmação a ideia de que se a humanidade é parte da natureza, qualquer coisa que ela deseje fazer tem que ser acolhido na ideia de “ecologia”.

No entanto, os 4 filmes escolhidos vêm mostrar que o que diferencia essas visões é o afeto e o pertencimento que definem a relação de uns e outros com o meio ambiente. De um lado, a busca de um chão onde cultivar alimentos e a vida, de um reduto pra fugir dos agrotóxicos, de um rio que é o lar dos povos ribeirinhos; de outro, uma visão alegórica que mostra o que pode acontecer caso nada disso seja valorizado.

Filmes da Mostra

Chão

Documentário

Direção: Camila Freitas

Junto ao Movimento Sem Terra, um dos mais longevos movimentos populares brasileiros, Chão vivencia a ocupação das terras de uma usina de cana-de-açúcar em processo de falência. A despeito da estagnação jurídica e da aridez do agronegócio no sul de Goiás, o gesto da ocupação se firma em resistência e reinvenção de uma paisagem em disputa. Vó, PC e os mais de 600 acampados regam diariamente a utopia de um lugar por vir, em um futuro projetado para o horizonte ainda intocável da reforma agrária.

Duração: 110´

Ano: 2019

Reduto

Documentário

Direção: Michel Santos

O confronto com os arquivos e as ações predadoras do agronegócio em Luís Eduardo Magalhães, cidade do Extremo Oeste da Bahia, onde nasceu e se criou o jovem realizador, filho de agricultores migrantes do Sul do Brasil.

Duração: 13´

Ano: 2020

Rio de Vozes

Documentário

Direção: Andrea Santana e Jean-Pierre Duret

O Rio São Francisco atravessa o Sertão brasileiro, de terras conhecidas pela aridez extrema. Este grande rio outrora impetuoso e generoso está hoje muito fragilizado.

Duração: 93´

Ano: 2019

Cadeia Alimentar

Ficção

Direção: Raphael Medeiros

Guilherme Ferraz dá vida ao Homem Peixe, que oprimido pelas atitudes do personagem de Mateus Solano, levanta a reflexão sobre o quão abusiva é a relação do homem com a natureza. Tudo isso costurado pelo viés da religião, representada pelo pastor vivido por David Júnior, e também pelo olhar da mídia através da repórter representada por Iane de Jesus. Nesta realidade fantástica de atmosfera apocalíptica, os personagens são alegorias entre Natureza e Homem, Herói e Antagonista. Dentro desse contexto, Cadeia Alimentar propõe uma metáfora visual baseada na vingança da natureza. Estaria, de fato, o homem fadado a ser prato da natureza?

Duração: 15´

Ano: 2019

Ecofeminismo e Ativismo no Cinema Ambiental

A Mostra Lençóis propõe uma interlocução entre as questões de gênero e raça e os temas socioambientais, partindo do pressuposto de que nossa sociedade se constitui numa sucessiva interação de informações entre natureza e cultura, não sendo possível dissociar as discussões sobre meio ambiente das implicações de gênero e raça na periferia do capitalismo.

Os filmes escolhidos dialogam com os postulados ecofeministas, ilustram as implicações sociais a partir de olhares plurais dentro do cinema, e ampliam o debate nesse sentido.São cinco obras, todas com protagonismo feminino, seja de forma física ou elementar.

Filmes da Mostra

Diriti de Bdè Burè

Documentário

Direção: Silvana Beline

Diriti de Bdè Burè é um documentário etnobiográfico que relaciona o presente com o passado para criar e pensar o futuro, projetando luz sobre a vida de uma mulher mestra ceramista Karajá que luta pela preservação de sua língua e o modo de fazer de seu povo.

Duração: 19´

Ano: 2018

Mãtãnãg, A Encantada

Animação

Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho

A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. Uma vez na terra dos espíritos, as coisas são diferentes: outros modos regem o sobrenatural. Mas Mãtãnãg não está morta e sua alma deve retornar ao convívio dos vivos. De volta à sua aldeia, reunida a seus parentes, novas vicissitudes durante um ritual proporcionarão a oportunidade para que mais uma vez vivos e mortos se reencontrem. Falado em língua Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional do povo Maxakali. As ilustrações para o filme foram realizadas em oficina na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais.

Duração: 14´

Ano: 2019

Pattaki

Doc performático

Direção: Everlane Moraes

Os peixes agonizam à beira-mar à medida que a água invade a cidade e forma espelhos que distorcem sua imagem. Na noite densa, quando a lua sobe a maré, esses seres, que vivem em uma vida diária monótona sem água, são hipnotizados pelos poderes de Iemanjá, a deusa do mar.

Duração: 20´

Ano: 2018

Maré

Ficção

Direção: Amaranta Cesar

Em um quilombo da Bahia, três gerações de mulheres se dividem entre o impulso de partir e a vontade de ficar, a incerteza do futuro e a força da ancestralidade.

Duração: 22´

Ano: 2018

Idade da Água

Documentário

Direção: Orlando Senna

Idade da Água revela a cobiça internacional sobre a Amazônia, envolvendo os Estados Unidos e a Europa. A crise hídrica atual coloca a Amazônia no olho do furacão de uma possível Guerra da Água.

Duração: 82´

Ano: 2018

A Humanidade e o Meio Ambiente

A proposta curatorial da Mostra Capão está associada a múltiplos problemas ambientais e também a formas de se trabalhar a conservação do meio ambiente. Os filmes escolhidos nos fazem refletir sobre nossa condição socioambiental a partir de nossa condição individual. 

Os filmes apresentam diferentes temáticas ambientais que fazem parte da realidade global, regional e local. Pensar em questões como Fogo, Mudanças Climáticas, Lixo e Conservação através do cinema fomenta o debate sobre a forma como a humanidade se insere e se responsabiliza pelo ecossistema onde coabita.

Filmes da Mostra

Guerreiros da Chapada

Documentário

Direção: Aragonez Fagundes

No ano de 2015 incêndios florestais dizimaram grande parte das reservas ambientais da Chapada Diamantina. Esse documentário foi realizado no intuito de mostrar o difícil trabalho dos Brigadistas Voluntários da Chapada Diamantina, que combatem incêndios na região, em defesa do meio ambiente.

Duração: 71´

Ano: 2018

Quentura

Documentário

Direção: Mari Corrêa

Muito quente! As piracemas não vêm na época certa e as pimenteiras acabam morrendo com tanta quentura.É um tempo muito diferente, que nem os espíritos estão conseguindo entender”.

De suas roças, casas e quintais, as mulheres indígenas da Amazônia nos envolvem em seu vasto universo de conhecimentos ao mesmo tempo em que observam os impactos das mudanças climáticas nos seus modos de vida. 

Duração: 36´

Ano: 2018

Descarte

Documentário

Direção: Leonardo Brant

Descarte aborda a reutilização de recursos em forma de design, inovação e arte. Conta a história de 12 personagens de várias partes do Brasil, empenhados em transformar resíduos, refugos, sucatas e sobras de consumo e processos industriais em novas ideias e produtos.

Duração: 52´

Ano: 2021

Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra

Documentário

Direção: Jorge Bodansky

O filme, dirigido por Jorge Bodanzky e com codireção e fotografia de João Farkas, leva para a tela, por meio do personagem central que dá nome à obra, sua luta diária para sobreviver diante das consequências do assoreamento do Rio Taquari.

Duração: 45´

Ano: 2019

Infâncias e Natureza

A criança, enquanto sujeito histórico e cultural, requer um olhar plural, nos convidando a falar de infâncias, tendo em vista a diversidade desses contextos. Sabemos das particularidades de uma infância vivida na natureza e aquela imersa nos grandes centros urbanos, ainda que haja ligações entre elas no que diz respeito à sua dimensão lúdica – ao brincar. Na brincadeira surge a própria cultura humana. Brincar é uma forma de reinventar o mundo, dá-lhe sentido e nos estrutura enquanto sujeitos produtores de história e cultura.

Dito isso, as infâncias encontram seu elo de ligação no brincar, no exercício da imaginação, onde todas elas se irmanam. Assim, a infância é plural e singular. Brincar na natureza, em contato com seus elementos, é fundamental para o desenvolvimento integral infantil. A natureza potencializa o sentimento de pertencimento da criança, da ligação e interdependência entre seres viventes, da atitude ética do cuidado com o meio ambiente, da preservação e do bem viver. Estas são aprendizagens que a criança constrói ludicamente. Afinal, só cuidamos daquilo que conhecemos e com o qual temos algum vínculo de afeto.

Os 4 filmes da Mostra contam histórias que estimulam o imaginário das crianças, construindo espaços de afeto e ludicidade que ensinam e encantam!

Filmes da Mostra

Caçadores de Saci

Ficção

Direção: Sofia Federico

A chácara da pacata família de Onofre vem sendo assombrada pelo Saci: a pipoca não arrebenta, o ovo não choca, o leite sempre azeda, o feijão vive queimando na panela, entre outros estranhos acontecimentos.

Duração: 13´

Ano: 2005

O Mistério do Mangue

Ficção

Direção: Coletivo Cinema e Sal

As crianças da comunidade pesqueira de Cairu investigam histórias sobre a Caipora. Segundo testemunhas, ela habita os manguezais da região e prega peças nas pessoas.

Duração:

Ano: 2015

Mitos Indígenas em Travessia

Animação

Direção: Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, Mato Grosso), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul). Entre as histórias: A Ema, O Menino-Peixe, As Mulheres Sem Rosto, A Via Láctea, A Menina Cobra, e O Urubu-Rei.

Duração: 21´

Ano: 2019

A Incrível Aventura das Sonhadoras Crianças contra Lixeira Furada e Capitão Sujeira

Ficção

Direção: Beatriz Ohana

Quando o lixo só cresce e os adultos não dão conta do problema, João Pedro, Sophia e as crianças do QG dos Sonhadores entram em ação para derrotar os inimigos do bairro: O atrapalhado Lixeira Furada e seu comparsa, Capitão Sujeira. Uma aventura repleta de imaginação e fantasia, que apresenta o olhar de crianças sobre o lugar em que vivem.

Duração: 15´

Ano: 2019

O custo oculto do agronegócio e da mineração

A Mostra Ibicoara nos convida a olhar para a mineração e o agronegócio a partir de 4 documentários que desnudam os graves impactos socioambientais, econômicos, culturais e sanitários por trás da promessa de progresso e desenvolvimento para o país e regiões onde estes empreendimentos são instalados. Orientados por um modelo econômico que desconsidera o caráter finito dos recursos naturais, o custo oculto destes empreendimentos relaciona-se diretamente com a diminuição da qualidade de vida no planeta. Segundo a comunidade científica, a menos que este modelo seja abandonado e substituído por outro, a favor da vida em suas múltiplas formas, pandemias como a que vivemos hoje se tornarão cada vez mais comuns. Neste contexto, os filmes selecionados por nossa curadoria expõem diferentes aspectos da íntima interligação entre o avanço da mineração e da agricultura capitalistas no Brasil (ambos atualmente em franca expansão na Chapada Diamantina) e a destruição da natureza e de outros modos de vida de comunidades humanas.

Filmes da Mostra

Amargo Rio Doce

Documentário

Direção: Ricardo Sá

A história da exploração mineral no rio Doce, desde a chegada dos colonizadores até a tragédia de Mariana em 2015. Cinema de arquivo experimental, unindo documentos sonoros, iconográficos e audiovisuais de mais de 5 séculos, mostrados sob o ponto de vista indígena, escrito e narrado por Ailton Krenak.

Duração: 20´

Ano: 2019

Brumadinho – Quando o Lucro Vale Mais

Documentário

Direção: Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

No dia 25 de janeiro de 2019, a Companhia Vale do Rio Doce cometeu mais um crime, desta vez em Brumadinho-MG, matando centenas de pessoas, e destruindo mais um rio, o Paraopeba, que abastecia mais de 2,3 milhões de pessoas e deságua no Rio São Francisco, para onde seguiu a lama e a contaminação.

Após um mês do crime, o Movimento dos Atingidos por Barragens lança o documentário “Brumadinho: Quando o Lucro Vale Mais”. Construído pelo movimento, o documentário traz os relatos de dor e denúncia dos atingidos pelo crime, e é dedicado a todas as famílias atingidas de Brumadinho, Minas Gerais e de todo Brasil.

Duração: 35´

Ano: 2019

Terras Brasileiras

Documentário

Direção: Dulce Queiroz

Terras Brasileiras aborda a questão da demarcação de terras indígenas no País a partir da realidade dos índios Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul.

Duração: 55´

Ano: 2017

O Diagnóstico

Documentário

Direção: Beto Novaes

Através da vida de Lídia, olhamos as diferentes dimensões que o agrotóxico causa nos planos individual e coletivo. A história é de Lídia, mas também é minha, é sua, é nossa. É do sistema de saúde. A sociedade está adoecida. E os agrotóxicos são, por assim dizer, uma das faces desse estado de coisas.

Duração: 45´

Ano: 2019

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